Objetivo do blog


"Cada pessoa tem um enorme potencial. Ela ou ele sozinho pode influenciar as vidas de outros entre suas comunidades, nações e entre o alcance e além de seu próprio tempo." Yunus

E com a troca de informações podemos promover uma mudança social, e melhorar o mundo em que vivemos!





"Each person has tremendous potential. She or he alone can influence the lives of others within the communities, nations, within and beyond her or his own time." Yunus


By exchanging information we will join people who have the will to promote social changes, and improve the world we live in!
















Friday, October 8, 2010

Comprar ou Brincar - Rosely Sayão

A aquisição exagerada de brinquedos colaborou para que a brincadeira ficasse
em segundo plano.

"NÃO BASTA ser criança para ter infância". Essa frase, pronunciada no
documentário "A Invenção da Infância" (disponível na internet em
www.portacurtas.com.br ), não me deixa em
paz.

Todo dia minha memória a torna atual: quando pais falam comigo a respeito de
seus filhos, quando professores contam como organizam os trabalhos na
educação infantil com seus alunos, quando vejo crianças em situações nada
infantis.

Com a aproximação do chamado Dia da Criança, creio que vale a pena
dialogar com a frase. Desde que o conceito de infância foi inventado, nós
temos uma ideia social do que é ser criança e essa ideia foi utilizada
principalmente para fazer distinções entre adultos e crianças.

Pois a infância, caro leitor, vem sofrendo tantas transformações no mundo
contemporâneo que, hoje, já não temos mais consenso social a respeito do que
é infância e, portanto, do que é ser criança.

Por isso, fica extremamente difícil traçar alguma linha divisória entre o
universo infantil e o mundo adulto.

Esse fato torna a vida de todos -crianças ou não- muito mais complexa
porque, na ausência de um conceito compartilhado pela sociedade, cada um
cria seu próprio conceito a respeito.

Já no início dos anos 80, um professor universitário estadunidense chamado
Neil Postman publicou um livro chamado "O Desaparecimento da Infância", em
que alertava a sociedade para o fato de que as crianças estavam se
transformando precocemente em adultos.

Na época, a tese do autor parece não ter feito muito sentido porque o livro
foi republicado apenas em 1994. O mesmo ocorreu no Brasil: a primeira edição
aq ui saiu em 1999, e a reedição veio apenas seis anos depois.

Isso pode significar que a sociedade está, atualmente, com o seu olhar mais
voltado para a infância, quiçá com anseios de salvá-la. Vamos então fazer um
breve levantamento sobre como temos feito as crianças se transformarem em
adultos antes do tempo.

Comecemos, à luz da comemoração do Dia da Criança, sobre como elas têm sido
sugadas pelo consumo. Nem é preciso falar muito a esse respeito, porque já
sabemos que, antes mesmo de a criança saber o que é ser cidadão, ela já
ocupa ativamente o papel de consumidor.
Alguém tem dúvidas de que esse dia
será celebrado pela sociedade, de modo geral, por meio do consumo?

A aquisição desenfreada de brinquedos colaborou muito para que o ato de
brincar ficasse em segundo plano. Resultado: as crianças, na atualidade,
quando querem brincar não podem e, quando podem, não querem e/ou nem sabem.

Num outro documentário chamado "Criança, a alma do negócio" (disponível em
www.alana.org.br ), existe uma cena chocante. Um adulto pergunta a um grupo de crianças se elas preferiam brincar ou comprar. Comprar foi a resposta quase unânime.


E o que dizer, então, do tempo da criança? Em casa ou na escola, ela quase
não tem tempo para brincar já que, quando ela brinca, queremos que aprenda
algo. Brincar deixou de ser uma finalidade em si para se transformar em meio
para atingir alguma meta ou objetivo. Pode? Ora, desse jeito, o brincar
deixa de ser lúdico para se tornar um método pedagógico!


Se quisermos verdadeiramente melhorar o futuro para os mais novos, nós
precisamos deixar a criança ser criança enquanto ela está na fase da
infância. Isso significa que os adultos precisam renunciar a serem, eles
mesmos, tão infantilizados.

Monday, August 23, 2010

Pais ruins o suficiente

Você tem sido um pai ou uma mãe ruim o suficiente?

Estudos conduzidos na área da resiliência – a capacidade de retomar a forma depois de um golpe ou pressão - detectaram o principal fator em comum das pessoas bem sucedidas e com qualidade de vida: a forma como lidam com a adversidade.

Essa capacidade sempre pode ser melhorada em processos de coaching de vida, mas, quanto mais cedo na vida é obtida, melhor, mais consistente e “natural” ela se torna. Por isso o título desse artigo. Especialmente muitos dos pais que “deram certo na vida”, como, tendencialmente é o caso dos leitores dessa coluna, acham que cumprem seu papel quando evitam que os seus filhos “passem pelas mesmas dificuldades” da sua juventude. Com isso também impedem que seus herdeiros desenvolvam a capacidade de enfrentar e superar adversidades. Ou seja, protegê-los, criá-los em campânulas virtuais é o que impede que os filhos desenvolvam habilidades, atitudes e qualidades para “dar certo na vida”. Justamente o que mais se deseja como pai ou mãe. E normalmente esse manto de proteção ainda vem acompanhado por um sentimento de culpa, especialmente das mães, que, ao formalizarem seu potencial tendo uma carreira, uma profissão liberal ou uma empresa, acham que dedicam pouco tempo aos filhos. Independente do parâmetro utilizado para medir esse tempo.

Estimula-se assim a baixa capacidade de enfrentar adversidades pela super proteção, aliando-a com a obtenção dos objetos de desejos dos filhos pela chantagem. A pior de todas as combinações! Resultado: jovens e adultos que não se acostumaram a superar problemas e, pior, internalizaram conseguir seus objetivos via exploração da culpa, especialmente das mães, (convém repetir) que se sentem devedoras por não se dedicarem integralmente aos filhos. Algo que pode ser muito positivo – a postura materna - torna-se uma deseducação. Os filhos poderiam, desde pequenos, aprenderem a “se virar”, superar dificuldades, se autonomizar e ter como modelos de vida adultos felizes por darem vazão a sua capacidade de formalizar, mas se tornam parasitas e dependentes. Hoje das mães, no futuro de outros, quando não de drogas. É mais sadio e melhor para filhos ter pais que se sentem bem quando dedicam tempo e crescem como executivos, empresários, professores, etc. O contrário inclui uma mensagem subliminar bem perversa: não seja ambicioso, não “corra atrás” do que você quer ser, isso deixa as pessoas tristes e com culpa...

Jovens e adultos com baixa capacidade de superar adversidades, independente da qualidade da sua formação, tendem a acrescentar mais uma dificuldade a sua “carga psicogenética”: raramente tem uma “missão” para sua vida, um “por que” saudável, assim, são presa fácil das drogas, depressão e da agressividade.

O que fazer? Primeiro e fundamental passo como pais: não sentir culpa em formalizar o próprio potencial e o tempo exigido para isso. Reiterando: os filhos podem alcançar algo com seus progenitores via chantagem e se acostumar com isso, mas da vida, com essa atitude vão obter pouca coisa além de frustração. Quanto antes aprenderem a “lutar” de forma sadia pelo que querem, melhor! Segundo: ser “ruim”- dizer não, confrontar os filhos com os problemas, limites e estimular que lidem com eles por sua conta, fazendo, paciente e habilidosamente, o papel de mentor e de coach.

Já é meio tarde para isso? Nunca é tarde, desde que um dos envolvidos, preferencialmente o filho, se disponha a um processo de reconstrução de atitudes, hábitos e crenças!

Marilia Fockink, empresária, coach de adversidades e de vida.
HYPERLINK "mailto:marilia@fockink.com.br" marilia@fockink.com.br

Friday, August 20, 2010

O papel e a tinta

Certo dia, uma folha de papel que estava em cima de uma mesa, junto com outras folhas exatamente iguais a ela, viu-se coberta de sinais. Uma pena, molhada de tinta preta, havia escrito uma porção de palavras por toda a folha.

“Será que você não podia ter-me poupado desta humilhação?”, disse, furiosa, a folha à tinta.
“Espere!”, respondeu a tinta. “Eu não estraguei você. Eu a cobri de palavras. Agora você não é apenas uma folha de papel, mas também uma mensagem. Você é a guardiã do pensamento humano; transformou-se num documento precioso.”

E, realmente, pouco depois alguém foi arrumar as folhas de papel para jogá-las na lareira e, de súbito, reparou na folha escrita com tinta; então jogou fora todas as outras, guardando apenas a que continha uma mensagem escrita.

Leonardo da Vinci

Saturday, August 7, 2010

Escolas

"Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são os pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado." 

Rubem Alves
Do Livro: Se é bom ou se é mau